quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Manifesto

A intenção desta chapa com este documento é apresentar um Plano de Ações, que tem como objetivo principal fortalecer as relações externas e internas desta Associação. As relações externas são ações articuladas com as escolas de educação básica, movimento social, as universidades, as sociedades científicas e os órgãos governamentais. As relações internas dizem respeito às ações com os pares dentro da ABPN. Nesse sentido, é imperioso registrar que a Associação tem perfil único no país, a saber na América do Sul, e hoje conecta 156 NEABs/NEABIs e entidades correlatas. Seu fortalecimento passa pela busca de uma maior interação com a comunidade de pesquisadoras/es negras/os e com diferentes representações da produção de saber associadas a comunidade negra brasileira. Isso passa, portanto, por uma maior articulação em pensar estratégias de qualificação destes pesquisadores e por um maior envolvimento de pesquisadores/as negros/as que se ocupam com essa área.


Todavia, antes de apresentar nosso Plano, registramos algumas impressões, considerando também nosso convívio com a mesma, no que diz respeito às suas particularidades e demandas especiais. São aspectos que no fundo caracterizam e dinamizam a ABPN. A ABPN tem um papel muito relevante na definição de políticas de ações afirmativas no país e na América Latina e tem tido representação ativa em diversos órgãos governamentais e inclusive em conselhos e fóruns científicos.

Do ponto de vista da disseminação do conhecimento, vale ressaltar a atividade da ABPN na promoção de eventos científicos. Um evento científico é uma atividade de síntese e de disseminação. Síntese no sentido de sumarizar o trabalho desenvolvido no passado recente, nas mais diversas e áreas. Disseminação no sentido de disponibilizar esse conhecimento para a comunidade nacional e internacional.

A ABPN é contemporânea das ações afirmativas, da SECAD(I) e da SEPPIR. Mas o desmonte da SECAD(I) e da SEPPIR, atinge em cheio a ABPN e o Copene. Creio que é importante aumentar o diálogo com o movimento social negro não (necessariamente) acadêmico, especificamente com feministas e artistas negras/os que estão crescendo por várias vias (ONgs, coletivos). Os saberes negros não acadêmicos precisam ser inseridos como perspectiva pluriepistêmica. Por outro lado, a ideia de NEABs é muito forte, seja mais inter-transdisciplinares ou mais disciplinares e tem “capilaridade”. A associação tem dificuldade de articular jovens doutores/as, muito porque alguns/umas não estavam ou ainda não estão nas universidades. Feito esses registros, passamos a apresentar um conjunto de ações que gostaríamos de desenvolver e para o qual buscamos apoio.


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